O brasileiro está aderindo em alta velocidade aos serviços financeiros digitalizados. Já são 20 Neobanks operando no País, com participação de mercado cada vez maior e novas empresas surgindo. O volume de pagamentos com cartão de crédito ou débito por aproximação cresceu 4,8 vezes do primeiro trimestre de 2020 para o mesmo período deste ano, de R$ 3,9 bilhões para R$ 18,6 bi. O Pix também é sucesso, com um aumento de 2.543% de novembro de 2020 (R$ 34 milhões) para julho de 2021 (R$ 886 milhões).
Enquanto as Fintechs crescem e se consolidam, a próxima revolução nos serviços financeiros digitais promete ser no mercado de seguros, segundo o estudo Transformação Digital na América Latina, elaborado pelo fundo de capital de risco Atlantico.
O Sistema de Seguros Aberto, ou Open Insurance, pretende aumentar a competitividade no mercado de seguros, tornando os produtos mais populares e acessíveis, ampliando a interoperabilidade e aumentando as oportunidades de inovação. Os consumidores poderão compartilhar seus dados com outras operadoras para o desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Junto com o Open Banking, que está em fase final de implementação no Brasil, o Open Insurance irá integrar o Sistema Financeiro Aberto – Open Finance. A proposta é a consolidação da vida financeira do consumidor, facilitando sua organização e seu planejamento.
Com o Open Insurance, uma das vantagens que se espera é a possibilidade de ofertas customizadas, de forma ágil, com mais rapidez na resolução de uma ocorrência e no pagamento de indenizações. A expectativa é que sejam oferecidos produtos com preços menores e meios de pagamento mais adequados à realidade do consumidor.
A primeira fase de implementação, com o compartilhamento de dados públicos das empresas referentes a produtos e canais de atendimentos, está prevista para começar em 15 de dezembro próximo. A segunda fase, quando os clientes poderão compartilhar seus dados pessoais com outras empresas, se inicia em 1 de setembro de 2022. A terceira e última fase, que prevê a execução de serviços por meio do ecossistema, terá início em 1 de dezembro de 2022.
A Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia federal responsável pela regulação do setor, criou um sandbox para selecionar empresas que demonstrem potencial de inovação e, ao mesmo tempo, ofereçam baixo custo regulatório e mais flexibilidade de inovação para ampliar a cobertura de seguros no Brasil reduzindo preços e estimulando a concorrência.
Startups que digitalizam o mercado de seguros já operam no Brasil, se tornando a solução para um setor complexo. Até 2020, eram 98 empresas desse tipo em operação. Uma delas é a 180° Seguros, que fecha parcerias com empresas para criar produtos personalizados em uma plataforma 100% digital com experiência facilitada para seu cliente e integrada no pós-venda. O número de itens segurados pela 180° saltou de 100, em maio deste ano, para 1.609 em agosto.